ASMR e Marketing: Publicidade que provoca orgasmos no cérebro
- Maria Eduarda Barreto
- 16 de set. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 24 de ago. de 2020
Você ainda não sabe o que é ASMR? E nem faz ideia como a Netflix utilizou o recurso para abordar assuntos delicados em um tom completamente envolvente para o nosso cérebro? Eu te explico.
Antes do ASMR, o Marketing Sensorial
Em 2014, quando sentei para pensar no meu projeto final de mestrado, escolhi estudar mais a fundo Marketing Sensorial. É um assunto incrível, porém a literatura era escassa. Existiam muitos exemplos interessantes do uso dos 5 sentidos como estratégia de Marketing, mas ainda havia muito campo a se explorar. Com exceção da visão. eram poucos os exemplos que encontrava sobre tato, paladar, olfato e até audição. Resolvi focar o case no mercado de moda, que nesta época já era bastante amadurecido na área, e contava com grandes marcas que se preocupavam com uma experiência sensorial completa para atrair o consumidor até o ponto de venda.
Até que ontem, quase 5 anos depois, me deparo com a técnica do ASMR em um vídeo na IGTV da Netflix. Foi uma sensação maravilhosa para os meus ouvidos e para aquela estudante de 2014 que sempre acreditou em uma conexão com o consumidor de forma 360, envolvente e menos óbvia.

O que é ASMR?
A melhor definição que encontrei para ASMR foi “orgasmo do cérebro” ou, a tradução, Resposta Sensorial Autônoma do Meridiano. Sabe aquele formigamento na parte de trás da cabeça? Ela é geralmente provocada por um estimulo sensorial. Normalmente, visual ou auditivo. Se você buscar ASMR no Youtube irá explodir diferentes vídeos que prometem um relaxamento fora do comum para o seu cérebro. Nos dias de hoje, a demanda por este conteúdo é gigante e só tende a crescer.
Dentre todos os conteúdos que já vi, o mais interessante para mim foi a aplicação do ASMR pela Netflix. Eles responderam algumas perguntas genéricas sobre a plataforma e até aquelas que mexiam no calo da organização de uma maneira extremamente prazerosa para nossos ouvidos. Da uma olhada no canal da marca:
Viu? Até aceitar o fato de não estar disponível clássicos como a série completa de Harry Potter a gente aceita, falando com “jeitinho”.
Sacada de ouro, Netflix.
Primeiro fiquei empolgada com o conteúdo e, agora, ainda mais ansiosa para ver o Neuromarketing sendo aplicado de forma tão inteligente pelas marcas. Não é por acaso que Branding feito com inteligência arrepia o cérebro.
Texto publicado originalmente no LinkedIN
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